25.9.10

"Por minha vez, eu poderia perguntar

porque, com o intuito tão evidente de me ofender e insultar, o senhor resolveu dizer que gostava de mim contra a sua vontade, contra a sua razão e mesmo contra o seu carácter."

21.9.10

comichão no nariz (parte 1)

o mundo atravessa uma grave escassez de palavras. O (meu) mundo, pelo menos - mas é para isso que estão a ler isto, não é? Se o objectivo fosse não transmitir nada acerca daquilo que penso, não ia escrever.
Mas estou, e pretendo efectivamente pôr-vos ao corrente, e por isso afirmo que o mundo atravessa actualmente uma grave, enorme, maciça crise de palavras. daquelas crises que vão, quem sabe, ser ainda recordadas, e perdurar pelos séculos dos séculos, ámen.
Se pudesse descrever este problema como um sentimento, ficaria ainda uma dúvida, uma margem de incerteza que não é muito agradável, considerando a minha vontade fria e objectiva de definir as coisas, nem que seja só dentro da caixinha. um misto de aborrecimento e tristeza para com o mundo, sei lá.
Escusado será dizer que esta sensação tem um certo quê de agridoce, um certo travo a não-consigo-explicar, já-provei-isto-antes, mas não consigo especificar o que será.
Em suma, e para resumir - a única forma completa de explicar este grave problema é como uma comichão no nariz. Sabem, não é? aquelas que nos atormentam, que nos impedem de apreciar correctamente o nosso dia, ou uma paisagem, porque volta e meia, lá voltam outra vez, e temos de elevar o braço e afagar discretamente a pontinha do nariz, muito suavemente, para não parecer mal. que maçada.
isto para não falar da grave deficiência de palavras que induz. Se esse prurido for o início de um espirro monumental, pode até tornar-se mais grave, impedir-nos de estabelecer qualquer tipo de contacto verbal, até que se proceda ao grande Tchim! (isto porque o a-a-a somos nós a tentar verbalizar). Sem mencionar a lacuna que este tipo de incómodos provoca ao nível da comunicação escrita, visto que as nossas mãos estão demasiado ocupadas a aplacar a nossa dor para conseguirem escrever seja o que for.
Por isso, em caso de comichão na ponta do nariz, lembrem-se sempre que só pode piorar, pelo menos até conseguirem ver-se livres dela. Sabe-se lá como.
sem tentar ser desanimadora,
a todos os que têm comichão na ponta do nariz,
respeitosos cumprimentos
eu própria.

17.9.10

we wait.
we hope.
we try to do better.


That's all.

8.9.10

farmácias e outras (an)danças

era uma vez uma mão-cheia de amigas que resolveram montar uma farmácia.
Tinham tudo o que era preciso, uma farmacêutica, uma médica, uma economista e até a senhora do BIP!. E a cobaia (é triste, mas faz falta - não é?)
Mas quando, de repente, uma das condicionantes que restringem o nosso espaço vital à realidade mudou, elas ficaram com algum medo de não conseguir mais realizar o seu sonho... E pensaram que nada ia ser igual.

Querem saber o que aconteceu?
Elas perderam uma economista e ganharam... um cartaz de publicidade! Vá, e um vídeo também...

Claro que nada disto aconteceu mesmo, nem vai acontecer - excepto dentro dos nossos cérebros não completamente formados. Mas digam lá, o futuro é uma coisa engraçada ou não?


ps: é isso e as novas DOCE. Bolas, lá se foi a loira! É insubstituível, claro. Nem pelo manager.